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O custo do hábito: cigarro mata suas finanças

Os antitabagistas já apelaram para todo tipo de argumento para convencer alguém querido a largar o cigarro. Fotos de cinzeiros repletos de guimbas, imagens de pulmões danificados, o cheiro ruim na roupa, o dente amarelado – nenhum apelo parece comover o fumante a deixar o vício.


Recentemente travei o diálogo abaixo com uma amiga:

- E aí, quanto custa esse maço de 20 cigarros?

- R$ 7,50.

- E quanto você fuma por dia?

- O maço todo. Às vezes, fumo uns 30.


Pausa para fazer uma conta rápida. A moça destinava mais de R$ 2,7 mil por ano em cigarro. Mostrei o resultado a ela.


- Eu sei. É muito dinheiro.

- Se você guardasse esse dinheiro todo ano ao longo de 20 anos, acumularia mais de R$ 50 mil, sem contar os juros de uma aplicação.

- Pois é, meu pai fumou 40 cigarros por dia ao longo 40 anos e não fez diferença alguma nas finanças de casa.


Depois disso, acendeu outro cigarro e voltou a fazer o que estava fazendo.


Outra olhada na calculadora. Sem considerar juros, mais de R$ 200 mil viraram, literalmente, fumaça em quatro décadas! Isso sem contar com os custos adicionais do vício: isqueiros, cinzeiros, balinhas para o hálito, consultas médicas e remédios...


Ninguém ficou rico ao deixar de fumar. Aliás, a maioria das pessoas que largaram o vício acabaram substituindo-o por outro hábito qualquer – e gastando o mesmo ou mais dinheiro com a nova mania. Aí também não vale!


Que tal transformar a economia em seu novo hábito, pelo menos até conseguir se

dar um presentão? Ou mesmo guardar para sua reserva futura?



Seu pulmão agradece e seu bolso também!



Patricia Nakamura é jornalista e voluntária do Bem Gasto.

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