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Blog Bem Gasto

Precisamos falar da qualidade do acesso à educação

Antes de falarmos de educação financeira, é importante refletirmos sobre o acesso à educação, que faz parte dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) e é descrito da seguinte forma:“Assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos”.


E o Brasil, o que está fazendo para atingir esse objetivo? De acordo com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), apresentados pelo Ministério da Educação (MEC), cerca de 70% dos estudantes que concluíram o ensino médio no país apresentaram resultados considerados insuficientes em matemática. A mesma porcentagem não aprendeu nem mesmo conceitos básicos de língua portuguesa. Numa perspectiva expandida, o Brasil tem hoje cerca de 38 milhões de analfabetos funcionais.


A transformação desse cenário só acontecerá quando a educação for tratada como prioridade, contando com reforma no método de ensino e valorização do professor.

E essa mudança deve ir além: o ensino deve ser uma ponte para o conhecimento dos assuntos do dia a dia. E desmistificar de vez a educação financeira: ela não é difícil, nem chata e muito menos só para a elite. Recomendo que os leitores assistam ao vídeo “Professor do Espanto”, do educador Rubem Alves (disponível no YouTube).


Aproveito para fazer mais uma provocação: será que o interesse em aprender está também conectado com a construção da autoestima de cada um? A confiança e o amor-próprio podem influenciar, acredito, na busca pelo conhecimento. Observo aqui na comunidade que algumas pessoas, por se sentirem incapazes de absorver informações novas, se mostram resistentes ao processo de aprendizado. É por isso que o repensar a forma de ensinar, contemplando o desenvolvimento das pessoas como um todo, é importante.



E, em busca de uma inadimplência menor, as instituições financeiras que atuam no segmento de baixa renda precisam investir em educação e repensar a linguagem usada com seus clientes. É preciso conhecer a cultura local, as referências e, então, apresentar uma solução que faça sentido para esses clientes.


Inovação não acontece apenas por meio da tecnologia, mas também quando se alcança uma mudança significativa.


Julia Drezza

Gerente de Sustentabilidade da Mais Fácil

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