A partir do momento em que temos algum alívio financeiro na vida, nos presenteamos com alguns mimos de vez em quando. Um dia, você troca o litrão de sempre por uma cerveja premium, artesanal e de produção limitada.
Dá o primeiro gole e sua boca é invadida por novos e agradáveis sabores. E agora, como voltar para a cerveja antiga, que custa R$ 12 o litro (ou ainda menos) e que me faz atingir um estado de felicidade etílica por menos dinheiro? E como beber mais daquele néctar dos deuses da cevada que vale R$ 24 mas cuja garrafa contém apenas 350 ml?
No “economês”, esse é o famigerado Trade Off: é a situação de conflito no momento de uma decisão. Ou, na linguagem do Charlie Brown Jr, “cada escolha, uma renúncia, essa é a vida”.
E aí, o que fazer quando se tem um orçamento limitado? Optar pela alegria que dura inúmeras rodadas ou a satisfação de degustar algo diferenciado em pequenas doses?
Com roupas é a mesma coisa. As “brusinhas” e “t-shirts” da moda de R$ 30 se acumulam no guarda-roupa e, não raro, perdem o viço, a forma e a cor depois de algumas lavagens. Ao passo que uma peça um pouco mais cara e atemporal, confeccionada com materiais de qualidade, pode ultrapassar anos em perfeitas condições.
Só que você costuma se enjoar dos looks com facilidade. E deseja a próxima tendência agora mesmo. Como fazer? Prefere aumentar a pilha de roupas ou vai adquirir algo mais durável?
Muitas vezes, qualidade e quantidade andam em direções opostas. O ideal é encontrar sempre a melhor relação custo x benefício. Mas como nem sempre isso é possível, pense no que é melhor para você e para seu bolso.
Importante: Não se preocupe com a opinião alheia. Podem te considerar esnobe por tomar
uma cerveja cara ou comentarem que você está sempre com as mesmas roupas.
Tudo bobagem. Siga sua vida com convicção e seja feliz com suas escolhas.
Patricia Nakamura é jornalista e voluntária do Bem Gasto.
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