Arrasei no título, não? Vai me dizer que eu não chamei a sua atenção?
Se você estava esperando mais uma fórmula mágica desses gurus do planejamento financeiro pessoal sobre como enriquecer em apenas 3 passos, sinto muito, mas não vai rolar. Aliás, se você descobrir e aplicar essa fórmula infalível, me conta!
Também não precisa ficar triste ou frustrado. Prometo que o nosso papo vai ser bacana, com um conteúdo interessante. Se não gostar, pode pedir o seu dinheiro de volta no final. ;-)
Vou falar sobre planejamento financeiro sim, mas sob o ponto de vista prático.
Para mim, esse tema não tem a ver com aquela figura clássica de alguém engordando um porquinho e passando por privações para conseguir sei lá o que e sabe-se lá quando.
Apesar da analogia do porquinho ser boa: ela tem a ver com a ideia de alimentar o bichinho que, com o tempo, vai te proporcionar algo melhor do que você teria se consumisse o dinheiro/alimento de imediato.
Para mim, planejamento financeiro tem mais a ver com escolhas. É sobre isso que se trata o tal planejamento pessoal. É escolher, decidir, é optar por um caminho e não pelo outro.
E como a gente faz boas escolhas? Porque o medo todo em decidir é acabar optando por algo que não é bom, certo? E, obviamente, ter que aguentar as consequências de uma situação desvantajosa.
Aí, meu amigo, a gente só descobre se é bom vivenciando. É claro que há situações que te mostram alguns indícios de que a decisão não é boa logo de cara. E, nesses casos, a célebre frase do Capitão Nascimento em Tropa de Elite cabe bem: "Vai dar m*, Capitão!'.
Em outros, não é tão nítido o ganho, especialmente se você estiver trocando um prazer momentâneo por algo que possa te trazer mais felicidade no futuro.
A troca só funciona se você tiver uma visão mais ampla e definir o que quer e por que quer. É o tal propósito.
Para ilustrar a situação: quantas vezes não escutamos aquela conversinha de que se você deixar de tomar café depois do almoço todos os dias com seus colegas de trabalho, poderá economizar dinheiro para fazer algo mais representativo. É uma verdade? Sim e não.
Se esse prazer do dia a dia não for tão significativo assim para você e puder suprimi-lo, ok. Esse gasto pode ser eliminado e você passará a poupar esse dinheiro.
Agora, se você faz questão de garantir esses 15 minutos de cafezinho, que, em geral, são momentos de descontração com boas doses de risada, sem problemas. Por que você abriria mão disso em virtude de algo no futuro que você não está conseguindo nem visualizar?
Esse cenário futuro pode ser diferente. Imagine que você acabou de comprar um apartamento e pretende reformá-lo. Nesse caso, ficou mais fácil abrir mão do cafezinho diário e transformar esse custo em metro quadrado de piso e azulejo.
É sobre isso o planejamento pessoal. Diz respeito a escolhas sensatas, que te trazem para mais perto dos seus objetivos.
Nessa ilustração do dia a dia, o dilema era decidir entre um gasto que te proporciona prazer momentâneo versus um investimento que te trará uma felicidade mais plena no futuro.
E você, já pensou em quais são as escolhas que você deve fazer no dia a dia para te deixar mais próximo aos seus objetivos?
Fabi Bergamin, voluntária do Bem Gasto, marketeira por profissão, gestora de suas finanças pessoais, que acredita no poder do aprendizado através das experiências https://www.linkedin.com/in/fabiana-bergamin-7727a27/
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