Amigas e amigos, tudo bem com vocês?
Black Friday, aquele paraíso de compras na Terra, vai chegar daqui a pouco... Muita gente desesperada para realizar aquele sonho de consumo correndo atrás do tão desejado bem; vídeos circulando no seu WhatsApp mostrando gente brigando por uma TV de 7692 polegadas; filas e filas... e, por que não, as coisas corriqueiras do mundo das finanças pessoais? É, podemos ser repetitivos às vezes (eu assumo minha parcela aqui!)... Algumas delas:
- Cuidado com a “metade do dobro”!
- Aproveite as promoções!
- Pesquise os preços antes!
- “Se você não comprar nada, o desconto é maior”, acompanhado de algum meme do personagem Julius da série “Todo Mundo Odeia o Chris”.
Essas dicas são valiosíssimas, eu sei. Eu amo esse meme. Sério. Mas não é o que a gente quer ouvir. Infelizmente, a gente é bombardeado todo dia (não só neste dia mágico de descontos) com a mensagem de que consumir é uma delícia (realmente pode ser), traz felicidade (pode trazer, mas é relativo) e que deve ser nosso objetivo de vida. Não é de se surpreender que a gente espera esse dia com muita ansiedade!
Eu não vou falar para vocês não comprarem. Não vou falar para vocês o que fazer ou não. Hoje não. Hoje quero trazer à consciência de vocês alguns motivos por que a gente se atrai por estas coisas e, às vezes mesmo não querendo, cai como um patinho na estratégia dos varejistas.
Um desses motivos é o princípio da escassez. A gente se atrai muito por coisas que estão para acabar, que não mais existem. Tudo que é raro traz a quem possui aquela coisa a sensação de exclusividade. Então, tudo que é escasso, tudo que se apresenta como uma oportunidade imperdível e que, mais que isso, é muito boa e se não aproveitarmos AGORA vamos perder PARA SEMPRE, nos atrai. E a Black Friday, mesmo acontecendo todo ano, não deixa de usar isso. Queremos aproveitar – quando será que vai ter outra? E se ano que vem não tiver? Na verdade, ano que vem nossas necessidades serão outras e o senso de urgência e escassez será sempre o mesmo...
Outro deles é o consenso. Somos seres sociais e, quando não temos certeza sobre o que fazer, olhamos para os outros para buscar parâmetros. Se todo mundo aproveita, a gente se sente burr@ de não aproveitar.
Tudo isso (e muitos outros truques) com certeza são usados para nos atrair e tirar dinheiro de nossos bolsos, seja de maneira consciente ou não. Minha intenção hoje é fazer com que as compras sejam conscientes; isso é o que importa!
Não é errado aproveitar a Black Friday. Não é errado querer um ou outro bem que te traga conforto, por um preço bom. Siga as dicas que você recebe todo ano – pesquise antes para não ser enganado, não compre por impulso coisas que vão ficar encostadas. Com moderação e consciência, da mesma forma que uma alimentação saudável, é possível aproveitar oportunidades para coisas que te façam feliz. Afinal, é para isso que o dinheiro serve!
E vocês? Que acham? Como vocês conseguem aproveitar a Black Friday com consciência? Contem pra gente – vamos adorar saber!
Um grande abraço,
Alexi, voluntário da Bem Gasto
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