Já escrevemos algumas vezes por aqui que a base de uma vida financeira organizada é acompanhar e anotar todos os seus ganhos, gastos, investimentos e dívidas. E esses números devem ser organizados detalhadamente em planilhas.
Pois muito que bem.
Não vou tomar o tempo de vocês com um arsenal de desculpas (trabalho, época de provas, reforma, aniversário do cachorro da vizinha do tio-avô etc etc etc), mas o fato é que eu descuidei das minhas planilhas por 80 dias. Sim, entre 25 de maio e 13 de agosto, não anotei absolutamente nada. Nenhuma entrada.
A consequência disso?
No dia 10 de agosto, fui checar um depósito na conta corrente e tomei um susto: achei que teria mais dinheiro. Como assim?
Por “sorte”, tenho a mania de guardar numa pasta os comprovantes de compra para conferências posteriores. Então resolvi botar a vida em dia.
Não foi fácil: só a tarefa de separar as vias por mês tomou a tarde de um domingo, sem contar a gincana promovida em casa para resgatar cupons fiscais dentro de bolsas, sacolas, carteira e dentro do carro. Pense numa comédia de erros da mais sem graça.
Depois, foi encarar o maçante trabalho de colocar tudo no Excel. Foram 6 horas inteiras conferindo papel a papel, puxando gastos pela memória e consultando extratos e faturas antigas.
Se fosse só isso, tudo bem. Com as contas em ordem (mais ou menos) percebi que o descontrole me “permitiu” ser mais aberta com gastos antes controlados, como refeições fora do lar e compra compulsiva de livros e artigos de papelaria.
Portanto, amiguinhos, não façam como a pessoa aqui: torne seu “encontro de contas” um hábito diário, como tomar banho e escovar os dentes. Além de necessário, faz um bem danado para a saúde financeira.
E até mais, porque preciso colocar minhas planilhas em dia. Beijocas.
Patricia Nakamura é voluntária da Bem Gasto
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