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Como foi o seu primeiro semestre e como vai ser a segunda metade do ano?

Já passamos da metade de 2019!


Para muitos, o ano passou rápido e muita coisa que deveria ter sido feita, acabou ficando de lado.


Porém, praticamente ainda há mais meio ano para trabalhar em cima destas pendências.

E como foi o primeiro semestre?


Olhando a conjuntura econômica, ainda temos um ambiente muito instável. O início do ano foi marcado pelo novo governo, com mudanças em diversas frentes e foco em novas estratégias que acabaram refletindo nessa instabilidade. A pauta principal continua sendo como equilibrar as contas públicas, afinal, o governo vem gastando mais do que arrecada há algum tempo, o que faz as contas não fecharem, e, consequentemente, obriga que os governantes busquem estratégias para esse equilíbrio. E, a principal ação que vem sido debatida há algum tempo, e que esteve nos noticiários praticamente por todo o semestre é a Reforma da Previdência. Não é algo tão simples de ser mudado, já que envolve interesses de diversas partes. E mais do que isso, algumas desavenças entre os políticos causaram, em determinados momentos, causaram (e continuam causando) oscilações frequentes na economia.


Essa grande expectativa em cima da Reforma da Previdência mexe diretamente com os empresários e a economia local, reflexos que acabam sendo sentidos diretamente na Bolsa de Valores. Nos momentos em que a expectativa é mais otimista, percebeu-se a bolsa subindo fortemente, e, nos momentos mais pessimistas, a bolsa também absorveu esse impacto, com reduções.


Além do cenário interno, no cenário global a guerra cambial entre EUA e China também causaram, e continuam causando, algumas instabilidades.


De uma maneira geral, a bolsa de valores brasileira, a B3, teve um primeiro semestre interessante, marcada por alguns novos recordes: pela primeira vez o Ibovespa atingiu 100 mil pontos, o número de CPFs cadastrados alcançou a marca de 1 milhão, o número de investidores em fundos imobiliários e ETF’s também alcançou marcas históricas.


Essas marcas da bolsa também tiveram uma contribuição direta da atual taxa básica de juros, a Selic. O semestre todo foi marcado pela manutenção da Selic em 6,5%, menor valor da história, o que faz com que investimentos em renda fixa tenham tendências de apresentar menores rentabilidades. Apesar disso, os títulos do Tesouro Direto de longo prazo, atrelados ao IPCA, no primeiro semestre foram alguns dos ativos com melhores rentabilidades, sendo superados apenas pelo Bitcoin, que voltou a ter um momento de forte alta.


No outro lado da moeda, vemos que a situação está longe da ideal. O número de desempregados, que já estava alto, aumentou. O número de endividados também continua elevadíssimo. E, as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) voltaram a cair. Ou seja, a instabilidade e o atual cenário ainda estão bem longe do ideal.

O que fazer no restante do ano?


Diante do cenário de instabilidade, o planejamento se torna mais importante do que nunca. Trabalhar em cima de um orçamento mensal, com folgas, e, mais do que isso, valores separados para reservas de emergência são fundamentais. Para quem não tem reserva alguma, a primeira coisa a se fazer é começar a trabalhar para tê-la. E, para isso, é preciso buscar formas de economizar e poupar.


Para quem já possui reservas, deve-se manter o hábito de investir, porém, a partir de objetivos, buscar os investimentos que melhor se enquadrem com eles, de acordo com os prazos, valores e riscos associados. Vale lembrar que a Selic está no seu menor valor, logo, para alguns objetivos, buscar investimentos mais rentáveis pode ser interessante. Mas para isso, é de extrema importância que, antes de tudo, seja investido tempo, e não dinheiro, em educação financeira.



Victor Barboza é especialista em finanças pessoais e gestão financeira de pequenos negócios. É voluntário da Bem Gasto e fundador da GFC - Gestão Financeira Criativa.

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